quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Atividade de Recuperação dos 1° anos para o 3° bimestre

Elaborar trabalho de pesquisa sobre o tema:Estratificação social. O trabalho deve ser digitado em formato Word com cabeçalho padrão e com a identificação de recuperação processual do 3° bimestre e enviado até o dia 26/11/2010 para o endereço:ranieriaguiar@gmail.com

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Forum de Sociologia.Tema: O Estado e a Religião.

Os alunos do 3°ano B deverão responder este forum postando seus comentários até as 23:59 horas do dia 26/11/2010.Lembre-se de identificar-se com o número de chamada e turma.

Qual a importância do Estado ser Laico?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO ENTRE OS JOVENS

Atividade para as turmas de 2° ano a, b e c.
1° Momento:Leitura e análise do texto;
2° Momento:retirar da leitura em forma de produção textual respostas ás seguintes questões:
1-Como a questão de gênero está a serviço da exploração do trabalho?
2-Por que a opressão não existe em si mesma,ou seja,como a opressão serve de instrumento para manter inalteradas os modos de produção e a divisão social em classes?
3-Como e de que forma o texto mostra a exploração do trabalho feminino em relação ao masculino e como isso pode ser mudado?

A ATIVIDADE DEVERÁ SER FEITA EM DUPLAS OU INDIVIDUALMENTE, DIGITADA EM CABEÇALHO PADRÃO COM NOME, NÚMERO E TURMA E ENVIADA ATÉ O DIA 10/11/2010 PARA O ENDEREÇO:professoranieri@hotmail.com
Observação:Para a turma do 2°ano C a postagem será aceita até as 23:59 horas do dia 11/11/2010.

A DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO ENTRE OS JOVENS
Por CGT BRASIL


CONTEXTO HISTÓRICO

Para entendermos a diferença de gênero devemos sobretudo racionalizar sobre as questões históricas que deram ensejo a essa dicotomia. A relação de homens e mulheres seguem padrões assimétricos oriundos de um contexto formador da construção social de ambos. A desigualdade das mulheres é um processo que começa com a divisão sexual do trabalho e se consolida com a constituição dos gêneros sociais: se você é mulher, tem de fazer determinadas coisas, se é homem, outras. É o dilema que todas as casas compartilham... os meninos brincam de bola, pique e carrinho, as mulheres dividem as bonecas, a casinha , fazem a comidinha.

Já nas sociedades helênicas havia a distinção em que o trabalho masculino consistia na orientação da política e da construção da polis, enquanto a feminina se ocupava da casa e da família, era a mulher a gerenciadora do espaço restrito e peculiar a sua sensibilidade. Com o decorrer dos tempos sua posição foi diminuída , distinguindo-se em mães, outras prostitutas ou cortesãs, nunca chegaram de fato a ter poder de decisão.
No período do Cristianismo com a chegada da Idade Média as mulheres ocupam posição de destaque de forma alternadas, pois quando os homens estavam nas guerras eram elas que supriam o lugar de mando e quando eles retornavam retomavam o seu lugar de origem . Chegam as cruzadas onde a Igreja alcança seu maior poder centralizador, e as mulheres experimentam o período de grande repressão a sua condição, que é o período inquisitorial, onde constata-se a repressão do seu corpo, principalmente a sexualidade, resultando em uma profunda inferiorização feminina.
A partir destas construções o homem é considerado o mantenedor, o provedor da família, enquanto a mulher aliada a figura de geradora, introjetou a vergonha pelo corpo, a repressão sexual , condicionada a subalternidade. Enquanto o homem ganhava o dinheiro para a manutenção da família e incorporação de bens materiais, a mulher geria a casa, cuidava dos filhos e do marido, porém nada recebia por isso.
Contudo nas últimas décadas as mulheres galgam para o novo sistema econômico como participantes necessárias de uma mão de obra ativa , diante da situação de desemprego dos maridos e a busca de uma complementação da renda familiar face a perda do poder aquisitivo, neste terreno árido encontram as diferenças salariais e condições de trabalho, ainda vigentes pelos contexto histórico.
Hoje é a mulher que é figura central da família, sendo muitos núcleos familiares, atualmente, representadas por ela sem a figura paterna. Neste universo insere-se a percepção feminina na forma de governar e gerir a divisão do trabalho, percebe-se que aos poucos há mudanças na estrutura das empresas, nas condições de trabalho e gestão do governo, portanto ainda se verifica muitas complexidades.

A SITUAÇÃO DOS JOVENS

A atualidade demonstra que a situação dos jovens é um tanto controversa quanto ao fator emprego pois atrelado a palavra mística “ experiência” o jovem que não a detém não trabalha e aquele que não trabalha não a tem, segue assim o mistério que nem Holmes conseguiu decifrá-lo. Outros dados incorporam a essa realidade que é a educação, qualidade de ensino, discriminação racial e questões de gênero.

No Brasil o mercado de trabalho não coopera a medida que se verifica as taxas de desemprego, a falta de incentivo da juventude quando se verifica a desproporcionalidade no pagamento de salários, falta de anotação na carteira de trabalho e desqualificação profissional. Solidifica-se incessantemente palavras como desemprego e informalidade. Sem levar em conta nenhuma alternativa , inúmeros jovens são tragados nas armadilhas da violência, do tráfico de drogas e prostituição. No Brasil o acesso ao trabalho nunca foi garantia de cidadania ou melhoria de vida, na verdade o jovem não conseguia mais se retirar do mercado de trabalho, sendo excluído da oportunidade de educação e melhor qualificação profissional, incorporando-se a massa produtiva e de baixa remuneração.

As leis protecionistas trabalhistas já não conseguem mais proteger ninguém, uma vez que há uma crise nas relações laborais, o que vemos é a precariedade, seja ela nas condições de trabalho , seja ela na oferta de emprego. Carece de programas de emprego que não transformem a simples promessa em um subemprego, é necessário pensar em um processo transformador a partir da educação, do conhecimento de si mesmo e da sua cidadania.


O IDEALISMO

Há um grande vácuo quando falamos em idealismo, o que é visto pela grande massa juvenil é a cultura pela não cultura, há efetivamente menos participação política e movimentos sociais se perdendo pela premissa que a motivação utópica não leva a lugar algum, que o poder está concentrado nas mãos de poucos e que isto é imutável. Por essa aculturação temos o fenômeno do consumismo, da falta de informação, da exacerbação do corpo e do mundo sensual. Falta a construção do ser , da crítica como processo transformador, da curiosidade como experiência, da cultura como processo histórico. Esta cultura neoliberal estigmatiza mais e mais a juventude que perde o caráter da luta enquanto ícone de atitudes revolucionárias.


AS QUESTÕES DE GENERO
“ A situação social das mulheres se caracteriza pela desigualdade e, no fundo de qualquer um dos aspectos em que se manifesta essa desigualdade está o trabalho. Nas industrias fabris são bem definidas quando as tarefas de alta tecnologia são preenchidas pelo trabalho masculino, enquanto aquelas dotadas de menor qualificação, e muitas vezes fundadas em trabalho intensivo, são destinadas às mulheres. Portanto, esses postos onde a exploração da mão-de-obra é maior não se destinam só às mulheres, mas também aos homens imigrantes e homens negros. Ou seja, aos setores mais oprimidos e “desqualificados” da classe trabalhadora.
O capital qualifica a classe trabalhadora de acordo com seus interesses e suas necessidades, a cada momento, não de acordo com os interesses do trabalhador. O que é trabalho “feminino” e “masculino” é definido a partir da necessidade do capital de auferir mais lucro e se utiliza da força de trabalho disponível, utilizando-se inclusive de suas diferenciações internas (entre sexo, idade, cor etc) para este ou aquele emprego, aumentando seu rendimento. A opressão da mulher, do negro, do imigrante tem a ver, portanto, com uma lógica superior, que determina todas as demais: a necessidade do capital de reproduzir-se continuamente. O emprego de novas tecnologias servem aos interesses do capital nessa empreitada, e não para aliviar a exploração da classe trabalhadora de conjunto. Os trabalhadores não detêm o controle sobre seu uso, e quanto mais elas são empregadas, mais agravam a falta de controle que ele tem sobre sua própria força de trabalho. Por isso, aprofundam a exploração e a divisão sexual do trabalho.
É claro que nesse mecanismo, os setores mais discriminados da classe trabalhadora sofrem graus especiais de exploração, de onde o capital tira um lucro extra. Por isso, o capital não se preocupa com aliviar essa discriminação; se em alguns momentos faz adaptações na tecnologia empregada para que seja operada por mulheres, o faz no sentido de extrair mais lucratividade do capital fixo, e não por uma suposta busca por igualdade entre a mulher e o homem. É o que ocorre nas Zonas Francas, como a de Manaus, no norte do Brasil. Como nessas outras Zonas Francas, na de Manaus predominam as atividades intensivas em mão-de-obra as indústrias empregam força de trabalho jovem, abundante, barata e não-especializada, recebem incentivos fiscais que incluem a isenção de impostos, instalam-se num local privilegiado com toda infraestrutura necessária. O setor privilegiado aí é o eletroeletrônico, com o maior número de empresas implantadas e cuja mão-de-obra é 75% feminina e, dentro da divisão internacional do trabalho, realizam a montagem final do produto com partes produzidas em outros países.
Pesquisas feitas com gerentes de empresas de Manaus, demonstram 1) como o capital se aproveita do problema de gênero para melhor explorar a mulher como força de trabalho;
2) como a opressão está a serviço da exploração;
3) como a opressão não existe em si mesma, deslocada do modo de produção e da divisão social em classes. Vejamos alguns desses depoimentos:
Damos preferência ao trabalho feminino por ser a mulher mais submissa e mais cativa; é mais fácil de se submeter à monotonia do trabalho de montagem do que o homem (gerente de produção de indústria eletroeletrônica).
Homem nenhum se submete a um trabalho monótono e repetitivo deste, de passar o dia inteiro a soldar pequenas pontas de fios. Isto é um trabalho que só a paciência das mulheres permite fazer (chefe de pessoal de indústria de televisores).
O trabalho é feminino porque é serviço manual. Para a mulher, é mais prático. Elas ficam naquele servicinho mesmo. Os homens procuram logo se tornar operador (chefe de produção de fábrica de compensados).
Esses relatos comparam a mulher e o homem e mostram que, contraditoriamente ao que parece, o capital dá preferência ao homem e não à mulher como força de trabalho; aceita a mulher porque o homem está mais sob pressão. Mas sobretudo do que se aproveita o capital é da abundância de mão-de-obra disponível.. Dá preferência a uma força de trabalho que seja submissa; independente do sexo. E isso tem a ver também com a correlação de forças entre as classes num determinado momento, que vai determinar se a força de trabalho está disposta a aceitar ou rejeitar o grau de exploração que é imposto. Esse é o determinante nas relações de produção e não as questões relativas às diferenças sexuais e de gênero. Em momentos de crise, o capital apela para o que de mais desqualificado existe entre a força de trabalho, porque o que tem a oferecer é um trabalho repetitivo, sem qualificação alguma, e precisa baixar o preço da mão-de-obra para compensar o que tem de retorno. A partir dessa situação concreta surgem os estereótipos de gênero ou se aproveitam os estereótipos já existentes.
Ocorre o mesmo em relação à hierarquia salarial. No ramo de confecções, por exemplo, o corte da fazenda é a única função dentro da produção que é desempenhada por homens, e justificada como uma tarefa pesada, necessitando de firmeza nos movimentos. O salário pode ser até três vezes maior que o das mulheres. Enquanto as mulheres só podem atingir no máximo um salário e meio, aquelas consideradas profissionais, o cortador pode ultrapassar três salários mínimos. Cortar fazenda sempre foi uma tarefa historicamente feminina (diríamos, então, de gênero feminino) mas aqui não está sendo desvalorizada por isso. Pelo contrário. Passa a ser atribuída ao homem devido à carga de responsabilidade que exige, com a qual a mulher, supostamente, não poderia arcar. Nas indústrias de montagem de televisores de Manaus, a embalagem é uma atividade masculina e melhor remunerada (20% a mais que as outras), não só por exigir maior esforço físico, mas também por ser considerado um trabalho de maior responsabilidade. Em geral, os setores de ponta da economia tendem a absorver força de trabalho masculina, independente do gênero do trabalho, justamente porque se considera a mulher menos responsável. É o que ocorre, por exemplo, com a indústria têxtil, que tradicionalmente emprega maioria de mulheres, mas quando é o ramo de produção importante em um país, como no caso da Venezuela, por exemplo, emprega maioria de homens.
Portanto, garantir trabalho para a mulher é uma reivindicação fundamental para garantir a emancipação feminina. O direito ao trabalho remunerado é inalienável não só para os homens, mas também para as mulheres.”
NOTAS

1 Juventude e cultura neoliberal, Frei betto.
2 “A desigualdade em função do gênero”, em Aguantando el Tipo. Desigualdad y Discriminación Salarial, p.34.
3 “Mulheres: O gênero nos une, a classe nos divide” , Cecília Toledo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Deus, um delírio.

O famoso biólogo Britânico Richard Dawkins, desenvolve suas teses contra a fé religiosa no polêmico livro Deus, um delírio.
Atividade para as turmas de 3° anos A e B para o 4° bimestre.
A partir da leitura do prefácio e do capítulo 1 do livro, descreva quais os argumentos utilizados pelo autor para criticar a autoridade discrepante da instituição Religião nas sociedades desde a antiguidade até nossos dias.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GUILLOT,Gérard. O resgate da autoridade em educação; tradução Patrícia Chittoni Ramos Reuillard. Porto Alegre: Artmed, 2008. 192 p.

RESENHA CRÍTICA
GUILLOT,Gérard. O resgate da autoridade em educação; tradução Patrícia Chittoni Ramos Reuillard. Porto Alegre: Artmed, 2008. 192 p.
O AUTOR :GÉRARD GUILLOT é professor de Filosofia na Universidade de Lyon, França.Atualmente escreve livros e artigos na área de Sociologia da Educação.
SÍNTESE DA OBRA:
O livro é constituído de três partes, onde o autor analisa a problemática do resgate da autoridade em educação enfocando os seguintes temas: O sentido da autoridade; por que a autoridade educativa está em crise? E por último, o autor faz um apelo por uma autoridade dos bons tratos.
PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA:
Na primeira parte, Guillot inicia sua reflexão abordando o sentido, o significado e as referências da palavra autoridade, neste tema ele expõe de forma conceitual e analítica as diversas nuances históricas, sociológicas, filosóficas e psicanalíticas que a palavra autoridade carrega em seu bojo. O autor consegue ainda de forma interdisciplinar dialogar com outros pensadores como Lacan, Focault, Neill dentre outros. Várias análises de atitudes e posturas são feitas, tais como: não sentir por si mesmo, cuja premissa reside no fato de desconfiar do próprio corpo, ou seja, o corpo e as emoções da criança como constituintes de uma problemática projetiva e forte, é como se o corpo da criança, suas sensações, suas emoções, só pudessem existir e adquirir sentido sob o ditado educativo do adulto. Não pensar por si mesmo, e sim reconhecer o desejo da criança. O autor vai ainda mais longe, ao afirmar que nem todo desejo é necessariamente aceitável e o reconhecimento dos desejos de uma criança por parte dos adultos não os tornam seres permissivos, pois o papel do adulto nessa relação é o de aprovar ou desaprovar um comportamento e não uma pessoa. Para ele, aquilo que alguém faz, em um dado momento não o condena a ser identificado em sua pessoa pelo julgamento feito sob seus atos, mesmo que ele seja positivo. Somos convidados a praticar a autoridade que constrói, distinguindo o ser e o fazer, o respeito e a tolerância. Ao término da primeira parte, o autor suscita ainda, a questão e função do interdito: segundo ele, os pais ou professores não devem proibir uma criança de existir, mas, ao contrário,fazê-la tomar seu direito inalienável de existir e de ser respeitada como pessoa. Todavia, jamais devemos esquecer que autorizar alguém a ser não implica absolutamente autorizá-lo a fazer qualquer coisa. Para que uma criança construa sua identidade, ela precisa de referências, de um enquadramento e, portanto, de proibições. O interdito é assim estruturante da liberdade a ser conquistada.
Na segunda parte do livro, o tema abordado é: Por que a autoridade educativa está em pane?Guillot analisa as mudanças de paradigmas e as dissonâncias entre as vozes daqueles que escrevem e falam sobre educação na atualidade. Para ele, não são mais os adultos os modelos de identificação e autoridade, e sim são os adolescentes e seus pares, vivemos segundo ele, uma sociedade “adolescêntrica”. O imediatismo, o economicismo, a precipitação pela novidade são fontes do que ele chama de “gulodices do momento”. Essa mudança coloca o adulto em um déficit de autoridade, tornando cada vez mais difícil motivar aprendizagens e maturação para uma temporalidade longa. O autor acredita também que desde a Segunda Guerra Mundial e suas atrocidades, autoridade passou a ser sinônimo de autoritarismo nas representações coletivas, e hoje, muitos rejeitam a autoridade, querendo com isso, se afastar de um possível autoritarismo. A conseqüência deste equívoco foi o fato da autoridade educativa ter se apagado diante das pulsões mais jovens transmutadas em ícones de liberdade. Diante de todas essas constatações Guillot faz os seguintes questionamentos: qual o papel do professor em nossos dias? O que fazer diante de uma heterogeneidade de alunos?É preciso, até onde e como, dar provas de autoridade sem cair no autoritarismo?É preciso, até onde e como, negociar sua autoridade?Com o intuito de lançar mais luzes sobre a pane da autoridade educativa, Guillot apresenta de forma ilustrativa uma tipologia dos estilos de adultos encontrados em nossa sociedade. São cinco grandes tendências, a saber: o adulto “captador”. Aquele que acredita saber o que seu filho deseja ou teme, e decide em seu lugar. Neste caso o filho cativado se torna de fato cativo. O segundo é o adulto “fusional” este tipo não recorre a autoridade, mas conta com uma cumplicidade recíproca de papéis.Busca o efeito espelho e acredita que seu filho é igual a ele, e por isso, a criança deve se projetar no desejo do adulto.O terceiro é o adulto “ dogmático”, é alguém que pensa ter sempre razão, é aquele que comanda, pois “sabe” o que é bom para a criança:conflito ou não ele dará sempre a última palavra.A criança obedece, senão é punida. O quarto é o adulto indiferente, tem como característica não querer problemas, por isso, não se envolve em conflitos com as crianças. Por fim, temos o quinto e último adulto dessa tipologia que é o adulto “adulto”: Este é aquele que segundo o autor, pratica a autoridade que constrói: mantem-se a uma boa distância psicológica da criança que não é nem de frieza distante,nem de hierarquia altiva,mas de respeito de autoridade e de amor.Todos esses estilos aqui apresentados pelo autor, são produtos das relações evolutivas dos processos familiares de nosso tempo, que tem como impacto a fragilização do vínculo integracional, a confusão de papéis na família, que ele chama de triunfo do adolescentrismo.Após toda essa discussão o capítulo é finalizado com uma análise de qual é o papel da escola, bem como sobre a evolução do professor como um ser que ensina diante da heterogeneidade existencial e física do nosso tempo, apontando caminhos para uma pedagogia da parceria.
Na terceira e última parte, o tema tratado é: Por uma autoridade de bons tratos. Apesar de aparentemente simples, os bons tratos, segundo Guillot, não tem formas especiais que possam ser listadas; é algo uno e global. Para ele, uma autoridade de bons tratos não se limita a uma caridade indulgente. Implica sim, em uma atitude ativa, responsável, cotidiana e respeitosa. Se o respeito é a condição fundamental de uma autoridade de bons tratos, estes devem se encarnar, segundo ele, em práticas educativas conforme os contextos considerados. Neste sentido, é importante perceber que autoridade e credibilidade andam juntas, pois a existência de um contrato pedagógico depende, sobretudo, do reconhecimento da palavra do outro, a do aluno principalmente. Isso só será possível se praticarmos a ética da autoridade. Uma autoridade ética para o autor supõe evidentemente uma ética da autoridade. Autoridade não é um poder sobrenatural nem uma projeção de receios ou interesses. É, segundo ele, uma maneira de conduzir o caminho da construção pessoal, graças ao qual nos tornamos capazes de autorizarmos a nós mesmos para viver com os outros no respeito ás leis e aos valores fundados de uma humanidade pacífica e sem exceção.
Ao final o autor conclui que: o princípio da autoridade e o da laicidade, são princípios da razão, são geradoras de liberdade. Educar é exercer uma autoridade de bons tratos. A autoridade do saber,ainda que arruinada pelo reino da “informação”,não pode ser autoridade sem a autoridade do professor. A autoridade do respeito ao humano e às leis, supõe o respeito à autoridade do professor, não em sua subjetividade, mas em seu status e no exercício de sua função. Ela supõe também que todos os adultos parceiros assumam uma autoridade de bons tratos no cotidiano.
CRÍTICA DO RESENHISTA:
A obra de Guillot nos fornece subsídios teóricos e práticos sobre a problemática da autoridade em educação. A relevância desta obra está no fato de se ocupar com uma temática extremamente importante para a realidade educacional de hoje. Ao trazer para a discussão a questão do resgate da autoridade em educação, o autor contribui de forma didática e relevante para a reflexão sobre a temática proposta. Quando aborda o sentido da autoridade, demonstra autonomia e profundidade epistemológica para dialogar com as demais áreas do conhecimento que também tem na questão da autoridade seu objeto de investigação. Em termos de linguagem, faz de sua reflexão um diálogo aberto sem contradições com aquilo que pensa e aquilo que escreve no livro. Tem consciência da abrangência do tema e, por isso mesmo, faz opções claras e bem fundamentadas, sem prejudicar a criticidade da sua obra, que mesmo tendo como contexto geográfico a educação francesa, não perde seu caráter universal e atual.
O autor mostra competência e clareza metodológica na construção dos argumentos que demonstram porque a autoridade educativa está em pane, merecendo um destaque especial para a discussão sobre o medo do autoritarismo, e a evolução do papel do professor. Há uma consistência interna em termos de referencial teórico que vai sendo construído de forma sistemática e está presente em todos os capítulos do livro.
Finalmente concluímos que esta obra requer do seu leitor um razoável conhecimento das Ciências Sociais e Humanas, além é claro, de prévias leituras sobre a temática em questão. Sua natureza e seu caráter pedagógico fazem com que sua indicação esteja voltada principalmente para educadores, pesquisadores e demais profissionais das Ciências Sociais.


Ranieri Roberth Silva de Aguiar é Licenciado em filosofia, mestre em Educação e Teologia: educação comunitária para infância e Juventude pela EST e aluno especial do programa de doutorado em educação da Universidade Católica de Brasília. Trabalha desde 2001, na Fundação Educacional do Distrito Federal como professor de Filosofia e Sociologia no ensino médio.

terça-feira, 6 de abril de 2010

WEBQUEST PARA OS ALUNOS DO 3º ANO

O índice de desenvolvimento humano no Brasil IDH
Uma WebQuest para 3ª série do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional (SOCIOLOGIA)
Elaborada por: Ranieri Roberth Silva de Aguiar

ranieriaguiar@yahoo.com.br
Ponha aqui alguma figura interessante relacionada com o tema ou conteúdo
Introdução | Tarefa | Processo | Recursos | Orientação | Avaliação | Conclusão

Introdução (topo)
Com uma renda per capita de 3070 dólares, o Brasil ocupa uma posição intermediária: não se enquadra entre os países de baixíssima renda nem entre os mais ricos.Entretanto,é o sexto país com pior distribuição de renda no mundo,ficando atrás apenas da Namíbia,Botsuana,Serra Leoa,República Centro-Africana e Suazilândia.
Na verdade, a renda per capita é um indicador impreciso para atestar a condição de subdesenvolvimento ou desenvolvimento de um país,principalmente porque não leva em conta a concentração de renda.Como é uma média,apresenta uma situação falsa,pois é como se todos os habitantes do país tivessem a mesma renda,o que não acontece.
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A Tarefa (topo)
Existem dois métodos internacionalmente reconhecidos que servem para medir o grau de desenvolvimento e a qualidade de vida de um país:O Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) e o Coeficiente de Gini, que leva em consideração a expectativa de vida, a escolaridade e a concentração de renda para avaliar a situação de um país.Estabelece uma escala que varia de 0,0 a 1,0:quanto melhor a qualidade de vida de um país,mais próximo de 1,0 ele fica. Com base nessas informações, a turma deverá se dividir em cinco grupos de cinco alunos para a realização de uma pesquisa sobre o IDH brasileiro dos anos de 2005 a 2007 e analisar em que ou em quais aspectos o país cresceu nos últimos 3 anos e em que setor ou setores precisa melhorar.Ao término da pesquisa deverá ser construído um mapa do idh brasileiro através de gráficos e a sua posição em relação aos demais países.
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O Processo (topo)
Após a divisão dos grupos, os alunos deverão pesquisar na Web o que é o IDH e quais os elementos que são levados em consideração para a sua elaboração.Em seguida,todos visitarão os sítios governamentais do Brasil tais como : IBGE(www.ibge.gov.br) ,Ministério das Cidades(www.cidades.gov.br),Ministério da Saúde(www.planejamento.gov.br),Ministério da Educação(www.mec.gov.br) etc.
De posse dos dados, cada grupo irá organizar as informações por ano a começar de 2005 até 2009.
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Recursos (topo)
Para esta atividade os grupos usarão o laboratório de informática da escola com acesso á internet.
A biblioteca multimídia.
O livro texto de sociologia no capítulo 11 sessão subdesenvolvimento.
Editor de texto Word e PowerPoint e planilha excell para a confecção dos gráficos

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Orientações (topo)
O trabalho deverá ser entregue em formato txt com a parte textual em Word, os gráficos em Power point. Deverá ser respeitada as normas básicas de elaboração de trabalho tais como capa,contra capa,identificação da escola, dos alunos etc.
Os grupos entregarão duas versões:uma escrita e uma digital em dispositivo portátil de armazenamento:cd,disquete...

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Avaliação (topo)
Esta atividade será avaliada em 1,0 ponto distribuído da seguinte forma:0,0 a 0,5 ponto a parte gráfica e de 0,0 a 0, 5 ponto a parte textual e a análise conclusiva.

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Conclusão (topo)
Para que haja desenvolvimento é necessário que se verifiquem alterações profundas na distribuição de renda,nas condições de higiene e saúde da população,nas condições de emprego,na propriedade da terra,no acesso á educação etc. tudo isso realizado de tal forma que respeite o equilíbrio ambiental.Enfim,é necessário que exista uma participação de todos na riqueza produzida,e não apenas no crescimento dessa riqueza.
O Brasil é um dos países de maior concentração de renda de todo o planeta.Os mais ricos,cerca de 10% da população,tem acesso a todos os bens e serviços colocados á sua disposição pela economia globalizada:universidades,assistência médica de ótima qualidade,automóveis importados,telefones celulares,roupas de grife,Internet e outras comodidades.Já os mais pobres,que recebem uma parte ínfima da renda nacional,vivem em condições subumanas.
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